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MÁRIO SERGIO FOTOGRAFIA
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A totalidade das imagens são encontradas no seguinte endereço:
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Um dos locais mais belos de Salvador, um cartão postal conhecido em todo o Brasil, a praia de Itapuã merece o eterno título de uma das melhores praias da cidade. Águas calmas, límpidas e transparentes hipnotizam quem chega para visitá-la. Por mais que o Farol de Itapuã tente guiar o caminho é impossível não se perder nas maravilhas do lugar.
Simplesmente uma praia deslumbrante. Itapuã significa, em Tupi, “ponta de pedra” ou “pedra que ronca”. Segundo contam as histórias, antigamente existia no local uma pedra que roncava na maré vazante, mas atualmente encontra-se partida. O mar verde com águas tranqüilas na maré baixa, é protegido por arrecifes formando pequenas piscinas de águas naturais. Era considerada como a praia dos jangadeiros valentes e das areias brancas. Ainda hoje abriga uma das mais antigas colônia de pescadores da região, no qual as jangadas compõem um cenário inspirador e agradável.
A praia com o imponente Farol de Itapuã, encontra-se no extremo oposto ao Farol da Barra, no sentido norte da cidade, contrário a Baía de Todos os Santos. Banhado somente com as águas do Atlântico, é um paraíso perdido. Conhecido dos soteropolitanos, desejado por turistas, todos almejam a tranqüilidade deste oásis. As imediações do Farol de Itapuã são os locais mais procurados da praia. A parte mais antiga está localizada próxima ao calçadão, onde se encontra a estátua da Sereia de Itapuã.
A famosa praia também reserva grandes surpresas para o snorkling (mergulho livre). Existem diversos pontos com profundidades de 2 a 40 metros, onde se pode apreciar belíssimas formações de corais. Na maré baixa é possível desfrutar da presença de peixes coloridos, moluscos, lagostas e uma grande diversidade de algas.
O famoso Farol de Itapuã foi construído em 1873, sobre a Pedra da Piraboca, com o propósito de guiar e sinalizar as embarcações sobre os bancos de areia ali existentes, orientando a navegação marítima. O Farol possui 21 metros de altura, no formato de torre, cuja estrutura é toda em ferro fundido, a cor original era “roxo-terra”, posteriormente passou a ser pintado em faixas horizontais de cor branca e laranja, e em 1950 a pintura adquiriu as atuais cores, branco e vermelho.
Antigamente o Farol de Itapuã era uma área integralmente militar, somente há vinte anos passou a se tornar um ponto turístico difundido pelo mundo, antes apenas árvores e animais de espécies distintas compunham o espaço físico. A visitação era feita por pescadores e por profissionais da Marinha que trabalhavam no Farol. A comercialização, por meio de barracas e vendedores ambulantes, só integrou o lugar depois.
Por mais que se descreva as maravilhas do lugar, o quão bela são as paisagens, ou quão quente são suas águas e quão agradável é este paraíso, nada irá se parecer com o que realmente se sente ao desfrutar pessoalmente deste magnífico postal…
Vinicius de Moraes (1913-1980) foi um poeta e compositor brasileiro. "Garota de Ipanema", feita em parceria com Antonio Carlos Jobim, é um hino da música popular brasileira. Foi também diplomata e dramaturgo.
Vinicius de Morais (1913-1980) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913. Filho de funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva e da pianista Lídia Cruz. Desde cedo, já mostrava interesse por poesia. Ingressou no colégio jesuíta, Santo Inácio, onde fez os estudos secundários. Entrou para o coral da igreja, onde desenvolveu suas habilidades musicais. Em 1929, iniciou o curso de Direito da Faculdade Nacional do Rio de Janeiro.
Em 1933, ano de sua formatura, publica "O Caminho Para a Distância". Não exerceu a advocacia. Trabalhou como censor cinematográfico, até 1938, quando recebeu uma bolsa de estudos e foi para Londres. Estudou inglês e literatura na Universidade de Oxford. Trabalhou na BBC londrina até 1939.
Várias experiência conjugais marcaram a vida de Vinicius. Casou-se nove vezes e teve cinco filhos. Suas esposas foram, Beatriz Azevedo, Regina Pederneira, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nellita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues e a última Gilda Matoso.
Em 1943 é aprovado no concurso para Diplomata. Vai para os Estados Unidos, onde assume o posto de vice-cônsul em Los Angeles. Escreve o livro "Cinco Elegias". Serviu sucessivamente em Paris, em 1953, em Montevidéu, e novamente em Paris, em 1963. Volta para o Brasil em 1964. É aposentado compulsoriamente em 1968, pelo Ato Institucional Número Cinco.
De volta ao Brasil, dedica-se à poesia e à música popular brasileira. Fez parcerias musicais com Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell, João Gilberto, Francis Hime, Carlos Lyra e Chico Buarque. Entre suas músicas destacam-se: "Garota de Ipanema", "Gente Humilde", "Aquarela", "A Casa", "Arrastão", "A Rosa de Hiroshima", "Berimbau", "A Tonga da Mironga do Kaburetê", "Canto de Ossanha", "Insensatez", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e "Chega de Saudade".
Compôs a trilha sonora do filme Orfeu Negro, que foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Em 1961, compõe Rancho das Flores, baseado no tema Jesus, Alegria dos Homens, de Johann Sebastian Bach. Com Edu Lobo, ganha o Primeiro Festival Nacional de Música Popular Brasileira, com a música "Arrastão".
A parceria com o músico Toquinho foi considerada a mais produtiva. Rendeu músicas importantes como "Aquarela", "A Casa", "As Cores de Abril", "Testamento", "Maria Vai com as Outras", "Morena Flor", "A Rosa Desfolhada", "Para Viver Um Grande Amor" e "Regra Três".
É preciso destacar também sua participação em shows e gravações com cantores e compositores importantes como Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Dorival Caymmi, Maria Creuza, Miúcha e Maria Bethânia. O Álbum Arca de Noé foi lançado em 1980 e teve vários intérpretes, cantando músicas de cunho infantil. Esse Álbum originou um especial para a televisão.
A produção poética de Vinícius passou por duas fases. A primeira é carregada de misticismo e profundamente cristã, como expressa em "O Caminho para a Distância" e em "Forma e Exegese". A segunda fase, vai ao encontro do cotidiano, e nela se ressalta a figura feminina e o amor, como em "Ariana, A Mulher".
Vinícius também se inclina para os grandes temas sociais do seu tempo. O carro chefe é "A Rosa de Hiroshima". A parábola "O Operário em Construção" alinha-se entre os maiores poemas de denúncia da literatura nacional: Pensem na crianças/Mudas telepáticas/Pensem nas mulheres/Rotas alteradas/Pensem nas feridas /Como rosas cálidas.
Marcus Vinícius de Mello Moraes morreu no Rio de Janeiro, no dia 09 de julho de 1980, devido a problemas decorrentes de isquemia cerebral.
Obra de Vinícius de Moraes
O Caminho Para a Distância, poesia, 1933
Forma e Exegese poesia, 1936
Novos Poemas, poesia, 1938
Cinco Elegias, poesia, 1943
Poemas, Sonetos e Baladas, poesia, 1946
Pátria Minha, poesia, 1949
Orfeu da Conceição, teatro, em versos, 1954
Livro de Sonetos, poesia, 1956
Pobre Menina Rica, teatro, comédia musicada, 1962
O Mergulhador, poesia, 1965
Cordélia e O Peregrino, tearo, em versos, 1965
A Arca de Noé, poesia, 1970
Chacina de Barros Filho, teatro, drama
O Dever e o Haver
Para Uma Menina com uma Flor, poesia
Para Viver um Grande Amor, poesia
Ariana, a Mulher, poesia
Antologia Poética
Novos Poemas II
Forma e Exegese poesia, 1936
Novos Poemas, poesia, 1938
Cinco Elegias, poesia, 1943
Poemas, Sonetos e Baladas, poesia, 1946
Pátria Minha, poesia, 1949
Orfeu da Conceição, teatro, em versos, 1954
Livro de Sonetos, poesia, 1956
Pobre Menina Rica, teatro, comédia musicada, 1962
O Mergulhador, poesia, 1965
Cordélia e O Peregrino, tearo, em versos, 1965
A Arca de Noé, poesia, 1970
Chacina de Barros Filho, teatro, drama
O Dever e o Haver
Para Uma Menina com uma Flor, poesia
Para Viver um Grande Amor, poesia
Ariana, a Mulher, poesia
Antologia Poética
Novos Poemas II
Na ponta onde se situa o Farol da Barra, está a divisa entre a Bahia Atlântica e a sua enseada, o seu Recôncavo.
Do Farol pra fora, o mar aberto; dali pra dentro a mansa lâmina de água, o mar interior que os indígenas
chamavam de Kirimurê e que o navegador italiano Américo Vespúcio, o primeiro a visitá-la em 1o de novembro
de 1501,chamou de Baía de Todos os Santos. Em torno a ela se organizou um núcleo demográfico original e
surgiram belas cidades coloniais, a mais importante delas, a cidade do Salvador da Bahia, capital administrativa,
portuária e militar do Brasil até o final do século XVIII.
O açúcar e o fumo se tornaram produtos destacados da exportação brasileira e nas suas atividades agrícolas e
industriais trabalhavam milhares de pessoas. Índios, inicialmente, negros e brancos cujo envolvimento suscitou
o surgimento dos primeiros brasileiros. No Recôncavo da baía, portanto, esses primeiros brasileiros constituíram
suas atividades econômicas, organizaram seus festejos, desenvolveram sua cultura material e espiritual, tudo
indissoluvelmente ligado ao mar e as atividades marítimas. Os mais importantes núcleos populacionais se
estabeleceram próximos ao mar e aos rios que integram o conjunto hídrico da baía. O mar e os rios eram fontes
de alimentos, os barcos os meios de transporte de mercadorias e pessoas. Nesse espaço sócio-ecológico
bordejado pela Baía de Todos os Santos nasceu a sociedade brasileira.
A geografia, a história, a antropologia e a cultura do Recôncavo têm por tudo isso, destacado lugar no acervo do
Museu Náutico da Bahia e uma mostra permanente reconstitui essa trajetória até os dias atuais.
A carreira militar de um santo baiano
País de forte inclinação católica, o Brasil se acostumou, desde cedo, a conviver com a presença da Igreja em
todas as esferas de sua vida social. No comércio, na literatura, na política e até nas forças armadas a Igreja
se fez presente, direta ou indiretamente. É o que atesta a adoção como primeiro padroeiro da cidade de Salvador
e a patente militar, no grau de soldado, concedida à imagem do Santo Antônio do Forte da Barra em meados do
século XVII, elevado a capitão em 1705.
A curiosa nomeação militar de Santo Antônio é uma evidência da presença marcante da Igreja na vida cultural e
da popularização que o catolicismo viveu na sociedade baiana. O Santo, quer dizer, a sua imagem, que ganhou
promoções e vencimentos correspondentes durante séculos, só teve seu soldo cassado em 1912, quando já
detinha o posto de tenente-coronel.
Anualmente o Museu Náutico da Bahia realiza a tradicional Trezena de Santo Antônio, de 01 a 13 de junho,
período no qual a comunidade local se reúne no Forte para louvar e agradecer aos bênçãos recebidas, em grande
confraternização, homenageando àquele que foi o primeiro padroeiro da cidade.
Na noite de 5 de maio de 1668 naufragou na costa baiana, na altura do Rio Vermelho, a embarcação portuguesa Galeão Santíssimo Sacramento. Mais de 400 pessoas morreram afogadas e uma carga valiosa foi para o fundo do mar numa embarcação de aproximadamente 500 toneladas. Durante mais de três séculos esse tesouro ficou submerso. Em 1976, a Marinha do Brasil, em parceria com o Ministério da Educação e a PETROBRAS, reconhecendo a importância desse sítio histórico, empreendeu a primeira pesquisa de arqueologia submarina do país e trouxe à tona os salvados da expedição científica do Galeão Sacramento. Entre as preciosas peças encontram-se balas de canhões, mosquetes e arcabuzes; fragmentos de carrinhos de canhão, breu, cavilha e prego em metal; alianças, dedais, botões, faianças, pratos, moringas e imagens sacras. Parte importante desses achados encontra-se no Museu Náutico da Bahia e muito contribui para ampliar o conhecimento da nossa história colonial. Devidamente classificados e protegidos, os salvados do sítio arqueológico do Galeão Sacramento constituem valioso acervo da formação do Brasil.
Instrumentos náuticos e réplicas de embarcações
A história das navegações é o resultado de gigantesco empenho de matemáticos, astrônomos, nautas e construtores navais que contribuíram para solucionar problemas relacionados a rumo, distância, latitude e longitude, assegurando, ao longo do tempo, mais segurança ao percurso marítimo.
Modernamente, a eletrônica, pela sua facilidade e viabilidade, impôs-se a quase nos fazer esquecer o difícil percurso da descoberta e aperfeiçoamento dos instrumentos usados pelos pioneiros da arte de navegar, dos quais os portugueses se podem orgulhar de também terem contribuído. Os problemas que se puseram sobre a latitude e longitude deu grande impulso ao aperfeiçoamento e descoberta de novos instrumentos.
Visitando o acervo de instrumentos náuticos e de réplicas de embarcações do Museu Náutico da Bahia é possível conhecer os tipos e características dos instrumentos empregados na arte de navegar, e sua evolução até os dias atuais, assim como os detalhes das principais embarcações com as quais os navegantes desbravaram, a partir do Século XV, os oceanos e mares na busca de novas terras, novos povos, riquezas e sonhos.
Modernamente, a eletrônica, pela sua facilidade e viabilidade, impôs-se a quase nos fazer esquecer o difícil percurso da descoberta e aperfeiçoamento dos instrumentos usados pelos pioneiros da arte de navegar, dos quais os portugueses se podem orgulhar de também terem contribuído. Os problemas que se puseram sobre a latitude e longitude deu grande impulso ao aperfeiçoamento e descoberta de novos instrumentos.
Visitando o acervo de instrumentos náuticos e de réplicas de embarcações do Museu Náutico da Bahia é possível conhecer os tipos e características dos instrumentos empregados na arte de navegar, e sua evolução até os dias atuais, assim como os detalhes das principais embarcações com as quais os navegantes desbravaram, a partir do Século XV, os oceanos e mares na busca de novas terras, novos povos, riquezas e sonhos.
Segundo o notável historiador Capistrano de Abreu, da autoria do religioso existem três cartas, uma escrita de Cabo Verde, datada de 11 de abril de 1551, outra da Bahia, de 11 de junho de 1552, e a terceira, também da Bahia, de 11 de abril de 1554.
De acordo com Capistrano, a carta de 1554 pertence ao ano 1955, desde quando existia uma diferença entre a cronologia comum e a adotada pelo bispo. Supõe-se que ele não contava o ano civil a partir do dia 1º de janeiro, antes privilegiando o ano da Encarnação, por muito tempo usado pela cristandade.
A bula de criação do bispado de São Salvador, denominada “ Super Militantis Ecclesiæ, expedida aos 25 de janeiro de 1551, levou o bispo a viajar para o Brasil, em fins de setembro, de sorte que antes do final do ano já se encontrava na sua diocese. Em 1552, foi instalado o primeiro bispado em Salvador. De pronto, incompatibilizou-se com os jesuítas, por causa dos indígenas, depois com D. Duarte da Costa, cuja disputa decorreu do mau comportamento de seu filho, D. Álvaro da Costa, considerada inaceitável pelo bispo. Por conta dessa indisposição, foi o bispo chamado a Lisboa, mas o navio em que viajava, em companhia de cerca de 100 pessoas, naufragou no litoral de Alagoas.Triste fim do prelado, devorado pelos índios caetés, sem ter condições de serem avaliados os problemas que lhe causaram e que também provocou nos habitantes da Cidade do Salvador.
Em 1676, a diocese da Bahia passou à dignidade de arquidiocese, com uma área maior que a diocese.
Assim, no final do século XVIII, existia, na colônia portuguesa (Bahia), seis dioceses: Rio de Janeiro, Pernambuco, Maranhão, Pará, Mariana e São Paulo e duas prelazias: Goiás e Mato Grosso.
Certo é que o primeiro bispo do Brasil ficou, para todo e sempre, marcado na história como um homem de difícil convivência, intransigente e duro. É sabido que instalado o primeiro bispado em Salvador, D. Pero Fernandes Sardinha inimizou-se com os jesuítas, por serem esses religiosos mais tolerantes em relação aos costumes indígenas. O bispo severo e radical em seus princípios religiosos não sabia o que era “flexibilização”. Considerava que a catequização deveria ser rígida e capaz de atrair os nativos para a cultura europeia. Considerava, por exemplo, que os ameríndios só deveriam ser batizados depois que falassem o português, se vestissem e se comportassem como europeu.
Com o governador o problema se relacionava com a conduta de Álvaro da Costa, filho de Duarte da Costa, considerado imoral pelo bispo. Em razão desse desentendimento, dom Pero F. Sardinha foi chamado de volta a Portugal, tendo o navio em que viajava, em companhia de cerca de cem pessoas, naufragado no litoral de Alagoas. Os sobreviventes que conseguiram alcançar a praia, entre eles o bispo, foram devorados pelos caetés. Em revide, as autoridades portuguesas condenaram toda nação caeté e seus descendentes à escravidão.
Em todas essas informações sobre o bispo cabe uma indagação a respeito das circunstâncias em que vivia. Com quais “atores” o bispo português contracenava nesse imenso e abandonado palco tropical? Será que lhe entendiam a fala enrolada?
Sei que foi infeliz na sua missão. Indispôs-se com muitos, teve atritos com os padres, não era simpatizado pelos “donos da terra”. Enfim, não foi feliz na Bahia. Terminou tristemente transformado em “petisco” para a gente voraz e faminta de “carne branca”.
O Pelourinho é o nome de um bairro de Salvador, a capital do estado brasileiro da Bahia. Se localiza no Centro Histórico da cidade, o qual possui um conjunto arquitetônico colonial barroco português preservado e integrante do Patrimônio Histórico da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
O bairro é carinhosamente chamado de "Pelô" pelos moradores.
A palavra "pelourinho" se refere a uma coluna de pedra, localizada normalmente ao centro de uma praça, onde criminosos eram expostos e castigados. No Brasil Colônia, era, principalmente, usado para castigar escravos.
A história do bairro soteropolitano está, intimamente, ligada à história da própria cidade, fundada em 1549 por Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil, que escolheu o lugar onde se localiza o Pelourinho por sua localização estratégica - no alto, próximo ao porto e com uma barreira natural constituída por uma elevação abrupta do terreno, verdadeira muralha de até noventa metros de altura por quinze quilômetros de extensão, facilitando a defesa da cidade.
Era um bairro eminentemente residencial, onde se concentravam as melhores moradias até o início do século XX.
A partir dos anos 1960, o Pelourinho sofreu um forte processo de degradação, com a modernização da cidade e a transferência de atividades econômicas para outras regiões da capital baiana, o que transformou a região do Centro Histórico em um antro de prostituição e marginalidade.
Somente a partir dos anos 1980 (com o reconhecimento do casario como Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e dos anos 1990 (com a revitalização da região) é que o Pelourinho transformou-se no que é hoje: um centro de efervescência cultural.
Nas últimas décadas, o Pelourinho passou a atrair artistas de todos os gêneros: cinema, música, pintura, tornando-o um importante centro cultural de Salvador.
Limitando-se ao norte com Pilar, Santo Antônio e Barbalho, ao sul com a Sé e Saúde, a leste com o Comércio e a oeste com Sete Portas, o Pelourinho compõe-se de ruas estreitas, enladeiradas e com calçamento em paralelepípedos.
A partir do início dos anos 1990 a área foi o cerne do processo de revitalização do Centro Histórico, com a desapropriação dos moradores, recuperação de fachadas e prédios.
Atualmente, no Pelourinho, estão as sedes de várias organizações, tais como:
Hoje o Pelourinho, situado no coração do centro histórico da cidade, é um grande shopping ao ar livre pois oferece inúmeras atrações artísticas e musicais. Há uma concentração de bares, restaurantes, boutiques, museus, teatros, igrejas e outros monumentos de grande valor histórico, todos localizados na área do Pelourinho. Agora é um Pelourinho revivido e colorido, repleto de atividades culturais e eventos, especialmente o Pelourinho à noite e de dia há um projeto que é realizado em muitas praças e ruas do bairro.
O programa, que é gratuito, traz ao público eventos diários, como apresentações musicais, danças, e peças curtas que agradam todos os tipos de gostos. Há também as práticas do grupoOlodum, cada domingo e terça-feira. Os Filhos de Ghandi também têm práticas lá nos meses que antecedem o Carnaval.
O bairro está sofrendo com o problema da criminalidade, que prejudica o desenvolvimento da atividade turística no local . Bem como também referentes à limpeza urbana e do crescente número de tráfico de drogas.
Referências culturais
- Menino do Pelô, canção de Daniela Mercury e Olodum.
- Protesto do Olodum, canção do Olodum.
- Ó paí, ó, filme de Monique Gardenberg.
- Gravação do videoclipe They Don't Care About Us, de Michael Jackson.
- Haiti, canção de Caetano Veloso e Gilberto Gil.
A Igreja e Convento de São Francisco são importantes edificações históricas da cidade de Salvador, na Bahia, Brasil.
Localizadas no coração da cidade, as estruturas foram erguidas entre os século XVII e XVIII e são consideradas uma das mais singulares e ricas expressões do Barroco brasileiro, apresentando, em especial a igreja, uma faustosa decoração interior. Foram tombadas pelo Iphan, classificadas como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo, e fazem parte do Centro Histórico de Salvador, que hoje é Patrimônio da Humanidade.
O convento foi fundado em 1585 pelo frei franciscano Melchior de Santa Catarina, Custódio de Olinda, em Pernambuco, após receber autorização do papa Sisto V. No local já havia uma pequena capela e algumas habitações provisórias. No mesmo ano, a convite do bispo Dom Antônio Barreiros, o Custódio enviou dois irmãos para a Bahia, os freis Antônio da Ilha e Francisco de São Boaventura, com a responsabilidade de providenciar a instalação do convento e dar início às obras, que só começaram de fato em 1587.1 Em 1675 foi decidida uma reconstrução, sob a administração do Provincial frei Vicente das Chagas, que autorizou o frei Daniel de São Francisco a angariar donativos para as obras. Como a congregação havia crescido, os novos edifícios foram projetados em uma escala mais ampla.2 1
As obras tiveram início oficial em 20 de dezembro de 1686, quando lançou-se a pedra fundamental.1 O claustro foi construído primeiro, com projeto de Francisco Pinheiro.3 Em 1701 foi dada autorização para que a Ordem Terceira construísse sua própria igreja, cemitério e outras dependências.1 A partir de 1705 foram colocados revestimentos no claustro e erguido o altar da enfermaria, e entre 1710-1710 foram concluídos os muros e lançados os pilares. Sua decoração de azulejos pintados foi realizada entre 1749 e 1752. Entrementes outras partes do conjunto foram sendo edificadas. Em 1708 foi iniciada a capela-mor da igreja. Como o terreno apresentava um forte declive nos fundos, foi preciso aterrá-lo e lançar fundos alicerces. As obras foram supervisionadas por Manoel Quaresma, sucedido a partir de 1710 por frei Hilário da Visitação.4 1 Não se sabe ao certo quem foi seu arquiteto,5talvez tenha sido o mesmo Francisco Pinheiro.3 Contudo, o projeto teve de ser modificado, prescindindo da galilé, já que o síndico do convento, Francisco Oliveira Porto, iniciara a construção de umas casas junto de onde ela deveria ficar.1
A capela-mor, o arco do cruzeiro e as paredes até onde ficariam os púlpitos estavam prontos em 1713, já podendo abrigar o culto, sendo consagrado este trecho em 3 de outubro. O restante do corpo da igreja, incluindo a fachada em arenito, foi terminado em 1720, data gravada no frontispício. No mesmo ano foi instalado o cadeiral do coro, reaproveitado da edificação anterior, e em seguida iniciaram as obras de decoração interna.4 5 1
Em 1729 o frei Álvaro da Conceição providenciou à conclusão dos pilares do claustro, e a partir de 1733 iniciaram as pinturas do teto da igreja, obra do frei Jerônimo da Graça. Em 1737 foram colocados azulejos na capela-mor, no ano seguinte começou o arremate dos pilares do claustro, o douramento do capela-mor e altares laterais da igreja, e a execução do retábulo de São Luís ao lado do arco do cruzeiro. Em 1741 o frei Manoel do Nascimento iniciou o revestimento do piso e foi encomendado um grande retábulo de Nossa Senhora da Glória, instalado também ao lado do cruzeiro. Entre 1749 e 1752 foram finalizadas as obras do claustro, incluindo a biblioteca, e a partir de 1752 foram sendo terminadas a portaria e seu altar. Em 1782 foram colocados azulejos na portaria. As torres foram concluídas entre 1796 e 1797, instalando-se os sinos e o relógio, mas o revestimento de pedras azuis e brancas nos coruchéus teve de esperar ainda cerca de um século para ser instalado.
A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco é uma igreja católica da cidade de Salvador, Bahia. Foi indicada para a eleição das 7 Maravilhas do Brasil.
Foi erguida em 17031 ou 1702,2 ocupando o lugar de uma edificação anterior. A nova igreja foi projetada por Gabriel Ribeiro, que venceu o concurso aberto para este fim, mas a autoria da fachada não é assegurada.
Este templo é especialmente importante para o estudo do barroco no Brasil, sendo o único exemplar em todo o país cuja fachada foi decorada em estilo churrigueresco, com apenas um similar, mas não tão expressivo, na Igreja de Nossa Senhora da Guia, na Paraíba.
A fachada esteve coberta de argamassa por longo tempo e somente no início do século XX, durante serviços na rede elétrica, foi redescoberta a sua decoração subjacente. Tem uma profusão de esculturas e relevos de frutos e folhagens, formando guirlandas e volutas. A portada em pedraque dá acesso ao adro é também belamente ornamentada. A igreja se localiza anexa ao importante conjunto da Igreja e Convento de São Francisco, outra joia da arte barroca no Brasil.
Já o interior não segue o mesmo estilo, tendo sido reformado várias vezes, mas preserva ainda uma grande série de azulejos pintados, vindos dePortugal, importantes por retratarem Lisboa antes do terremoto de 1755 e cenas do cortejo do infante Dom José e Dona Maria Ana de Bourbon em seu casamento em 1729. O teto é decorado com pinturas de Franco Velasco, realizadas em 1831. Anexo é matido um pequeno museu com exposição de peças sacras, incluindo paramentos litúrgicos e estatuária de grande porte. A igreja foi tombada pelo IPHAN em 1938.
O Elevador Lacerda é um símbolo da cidade de dois andares chamada de Salvador, um dos mais conhecidos cartões portais da Bahia. Apesar de secular, é um conjunto moderno, que recebeu várias reformas ao longo dos anos.
Foi o primeiro elevador no mundo a servir de transporte público e o mais alto desse tipo, quando foi inaugurado, em 1873.
Liga a Praça Tomé de Souza, na Cidade Alta, à Praça Cayru, no bairro do Comércio. Possui duas torres, quatro cabines e 73,5 metros de altura. Tem capacidade total para 128 pessoas, nas quatro cabines, e a viagem dura 22 segundos. Transporta, em média, mais de 750 mil pessoas por mês, funcionando 24 horas por dia.
O uso de ascensores em Salvador é uma tradição secular. Já no início do século 17 usava-se uma espécie de guindaste para transportar mercadorias do porto à cidade alta. Outros elevadores e planos inclinados foram construídos na cidade posteriormente.
O Elevador Lacerda foi idealizado pelo empresárioAntonio de Lacerda (1834-1885), construído com a ajuda de seu irmão, o engenheiro Augusto Frederico de Lacerda e financiado por seu pai Antônio Francisco de Lacerda. Antônio de Lacerda estudou engenharia nos EUA, mas retornou ao Brasil antes de completar o curso.
A construção foi iniciada em 1869, sendo um grande desafio de engenharia para a época. Foi necessário a perfuração de dois túneis em rocha, um vertical, para abrigar a primeira torre, e outro horizontal, para dar acesso à rua. Foi inaugurado em 1873, com o nome de Elevador Hidráulico da Conceição, com apenas uma torre.
O Elevador da Conceição foi um sucesso da engenharia e um fracasso financeiro. Seu criador morreu pobre. Em 1896 o Elevador recebeu seu nome Lacerda. Em 1906, foi reformado para adotar um sistema elétrico e sua torre tornou-se mais larga, na base.
A segunda torre (a que projeta-se para a frente) foi construída em 1930, juntamente com uma reforma geral. Era uma condição para a concessão dos serviços a uma empresa estadunidense. As duas torres são ligadas por uma plataforma de 71 m de vão, que passa alto sobre a Ladeira da Montanha, outro grande desafio de engenharia para a época.
Em 1955, o Elevador foi estatizado pela Prefeitura e, em 2006, foi tombado pelo Iphan.
A igreja Basílica Santuário Senhor Bom Jesus do Bonfim, em Salvador, foi construída entre 1746 e 1754, para abrigar a imagem do Senhor Bom Jesus do Bonfim, trazida de Lisboa, em 1745. Em 1927, o papa Pio XI elevou o templo à dignidade de Basílica.
A arquitetura é em estilo neo-clássico e fachada em rococó. Segue o modelo das igrejas portuguesas dos séculos 18 e 19, com belos afrescos e azulejaria.
O Senhor do Bonfim é um ícone da fé baiana. A igreja atrai muitos devotos, turistas e peregrinos. As famosas fitinhas do Senhor do Bonfim são confeccionadas desde o início do século 19 e têm a medida do comprimento do braço direito até o peito da imagem do Senhor do Bonfim.
A tradicional Festa do Bonfim é celebrada desde o século 18, em janeiro. O dia do padroeiro ocorre no 2º domingo, depois da Festa da Epifania do Senhor.
A Lavagem (das escadarias e do adro da Igreja) do Bonfim é a mais importante festa religiosa (profana) da Bahia. Inicia-se com o cortejo de baianas que caminham desde a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia até o alto do Bonfim, carregando água de cheiro. O percurso é de oito quilômetros de festa. Termina ao som de trios elétricos (se é que termina).
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