Carnaval de mascarados de Maragojipe
Considerada uma das manifestações carnavalescas mais tradicionais da Bahia, a festa é marcada pelo uso de máscaras, instrumentos musicais típicos, caretas e fantasias. A festa tem origens europeias, que remontam brincadeiras celtas, povos medievais, em celebração à colheita do mês de fevereiro. Os portugueses ainda mantém no norte do país a sua tradição, parecida com Maragojipe, lá apenas homens brincam mascarados e trajados como “caretos”, com muito frio, vinho, comida, música medieval e brincadeiras.
Tradição de Fantasias
Na Bahia a festa de mascaras encontrou um clima de Verão, o que “virou” a festa. A miscigenação com os povos africanos de diferentes nações, os cantos, os toques, os sopros e outras motivações festivas, passaram a compor o autêntico Carnaval da Bahia no interior, produzido pelas camadas mais pobres, destacando-se ao longo dos anos de outras cidades do Recôncavo.
Segundo o Instituto do Patrimônio Artísitico e Cultural da Bahia (IPAC), pelo qual a festa é tombada desde 2008, os registros do Carnaval em Maragojipe apontam para os últimos anos de 1800, paralelo aos tempos áureos do carnaval da Bahia. Em 1920, acontece o primeiro concursos de fantasias, com inúmero “cordões”, inclusive de mulheres que na época não tinham direitos garantidos, além das “pompas” dos clubes carnavalescos.
A partir desse momento a história uma nova mistura: traços venezianos invadem a festa ainda artesanal e inteiramente popular, dando-lhe um toque de charme, envolvendo ainda mais moradores da cidade e atraindo novos visitantes e fotógrafos de todo o mundo. Em 2014 um grupo de Maragojipe representou o Carnaval do Brasil em Portugal durante o Festival da Máscara Ibérica, em Lisboa.
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MÁRIO SERGIO FOTOGRAFIA
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